lago sereno
por tam
Estou cansada. O corpo já denuncia há dias meu estado; tem pregado-me peças e me deixado de cama. Enferma com dores na carne. O açoite, que por muito se manteve na alma, tem atacado frequentemente cada milimetro da camada reticular. Já não existe mais limite. O subjetivo já me é concreto, vice-versa.
O cansaço constante me angustia e inquieta. Baque. Insistem em atirar pedras no lago sereno de águas desassossegadas. Pinga, pinga, pinga… Explode. A falta de rumo me invade. Dilacera. Ainda, os ombros doem cada dia mais. O pescoço já não aguenta a cabeça. Os olhos mantêm-se alerta. Não existe sono que cure. Nada me anima. Minhas distrações se distanciam do front. É apatia de espírito ou súbita consciência de que, talvez, nada acalme a alma de quem vive, da mesma forma, nada valha a pena ser vivido. Afinal, o que é a vida?
Senti cansaço imenso nos últimos dias.
Respirava fundo de tempos em tempos.
Resolvi fazer uma pausa e cuidar de mim, do meu corpo, da minha alma. Melhorou, mas ainda há uma nesga qualquer em mim desse bendito cansaço. Uma hora me acerto com ele. rs
Bacio
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Entendo. De tempos em tempo, também tenho partido para o auto-cuidado, mas parece-me que para o cansaço nada disso importa, ele persiste. Sim, uma hora nos acertamos com ele! hê.
Até!
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Respondo a pergunta com : É isso.
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